No dia 24 de setembro, o Teatro Academia recebeu o evento "Psicologia para Que(m)?", com o tema “Intersetorialidade em JF: qual saúde mental queremos?”. Organizado pela Laço, a Liga Acadêmica de Psicologia Social e Comunitária do UniAcademia, o encontro reuniu profissionais da Psicologia, serviços de saúde mental, movimentos sociais e artísticos para uma discussão sobre saúde mental na cidade e o papel da intersetorialidade nesse contexto. O evento contou com duas mesas-redondas.
Mesa Nise da Silveira:
Essa mesa abordou a importância do trabalho intersetorial na construção de uma rede de saúde mental mais inclusiva e acessível, além de discutir os desafios enfrentados pelos profissionais nos serviços de atendimento.
- Beatriz Guedes Mattoso (@biamattozo): Psicóloga pela UFJF, Mestre em Psicologia pela UFJF e Especialista em Saúde Mental e Atenção Psicossocial pela Estácio de Sá. Atualmente, é supervisora do CAPS AD III - PJF.
- Janaina Baldoino de Souza (@janainabaldoinobaldoino): Enfermeira formada pela Faculdade Anhanguera Taubaté I, atualmente trabalha no CAPS IJ de Juiz de Fora, com vasta experiência em saúde mental.
- Isabela Bianchi Brito (@isabelabrito): Psicóloga graduada pela UFJF e Especialista em Saúde Mental e Atenção Psicossocial pela Estácio. É servidora efetiva da Prefeitura de Juiz de Fora e, atualmente, atua como gerente do Departamento de Saúde Mental.
Mesa Alceu Rodrigues:
A segunda mesa trouxe representantes importantes de coletivos e movimentos sociais que atuam diretamente no campo da saúde mental.
- Coletivo Loucomotiva (@coletivoloucomotiva): Formado por usuários dos serviços substitutivos de saúde mental e profissionais da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) de Juiz de Fora.
- Projeto Escuta na Praça (@escutanapraca): Realiza atendimentos psicológicos em praça pública e promove discussões sobre a relação entre saúde mental e política.
- Felipe Coelho (@proceinclusa): Coordenador municipal do Movimento Nacional de Luta e Defesa da População em Situação de Rua, membro da "Procê - Inclusão Produtiva" e do "Coletivo Cultural Ventania".
Outro ponto alto do evento foi a participação do coletivo TrabalhArte (@trabalhartesaudemental), grupo fundado em 2000 e dedicado à reabilitação psicossocial dos usuários da Rede de Saúde Mental por meio da Arte e da Economia Solidária. O Trabalharte promove a inclusão social através de práticas expressivas, como Ateliê de Artes, Artesanato, Reciclagem e Grupo de Canto, além de projetos como a TV Piraí, um coletivo de comunicação integrado pelos usuários. O coletivo também realizou uma rifa solidária durante o evento, com o objetivo de arrecadar fundos para suas atividades. Entre os prêmios, estava um quadro pintado pelo falecido artista Yuri Schery, associado ao Trabalharte, além de ecobags e necessaires produzidas nas oficinas do grupo.
Ao longo das discussões, foi enfatizado como a Psicologia pode atuar como um espaço de escuta para os movimentos sociais e como a intersetorialidade pode fortalecer a saúde mental em Juiz de Fora. Os debates trouxeram à tona a importância do trabalho coletivo e de ações que envolvam a sociedade civil, os serviços públicos e a comunidade artística na construção de uma rede de apoio mais eficaz e acessível.
O evento foi uma oportunidade para a comunidade acadêmica, profissionais de saúde e o público em geral refletirem sobre os rumos das políticas de saúde mental e como a interseção de diferentes áreas pode contribuir para um atendimento mais humanizado e inclusivo.
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